segunda-feira, 30 de abril de 2012

Nem sempre desejos são verdadeiros quereres




Nem sempre desejos são verdadeiros quereres


Chega de querer dar o fora daqui,
Da desculpa de sair para se encontrar,
Já é hora de tomar conhecimento de si
E aprender onde procurar.

Se perceber em descobrimento,
Como uma experimentação e não um projeto pronto,
Indivíduo dotado de própria vontade,
Que não se resume em extensão da sociedade.

Deixe para trás tudo que entende vida
E passe a não mais mentir;
Aceitando que é humano para além de bicho homem,
Sem se enganar ou esconder numa imagem;
Já que não se pode Ser com alma dividida
E não há vencer em brigar com o existir.

Não adianta continuar buscando fora
O que só se encontra dentro.
Há que se usar o coração onde a mente se apavora,
Para não se perder quando mergulhar ao centro.

Sono the Idle, 27/04/2012.

P.s.:Ainda inacabado

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Reflexões auto-destrutivas




Reflexões auto-destrutivas


Já me cansa esse sorriso bobo
E toda alegria que aqui saltita,
Talvez porque não saiba
Se pura enganação
Ou real erupção interior.

Sei
Que já me cansa...

Me falta cobrir a vida de noite
E encher tudo de horrores.
Chorar dor e sofrimento
Devorar decepção
Sair por aí com vestes de indiferença
A distribuir gratuitamente egoísmo
Inflar ódio em tudo que me rodeia
Dançando com desafetos e arqui-inimigos
Maldizer o que sou ou chegarei a ser,
Destripar esse eu,
Que já me cansa.

Aqui nascer homem,
Marcado
Pelo mal, a doença,
A decadência
Que teimamos chamar vida,
Bêbado,
Caindo sempre pelas bordas.

Quero me jogar ao fundo do poço
Nu
Em armas e proteções.
Inocente, despreparado,
Puro,
Pronto para ser corrompido
Em mais uma pessoa comum;
Que não pire com o que há no universo,
Nem veja ligação entre sentimento e verso

E,
Aí sim,
Voltar ao riso
Sarcástico, zombeteiro,
Ante qualquer ideal de ser humano.

Há muito
Confuso
Me acordo


Sono the Idle, 14/04/2012.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Velhos ciclos de experimentações.




Aquele tal Ocaso

É justamente nem saber
o que se espera,
só para encontrar
a razão de seguir sem fronteira

Viver a vida em fogo,
que sempre nasce, sempre morre, sempre se renova,
na plenitude do desejo
daquele que abandonou doutrina
e não mais teme

Seguir leve seu caminho
ao sabor dos quereres
de um tal acaso.