terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rebela



Porque tenho em mim mais sentimentos que posso comportar

Rebela

Cansei de abraçar essas,
Aquelas, tuas, nossas
Dores... Protegê-las
Do mundo sem sonhos...

Chega de beijar espíritos,
Prender momentos...
Sei que por mim tu não velas,
Apenas temes perder o ganho

Que nem o diabo seduziu...
Tola! Não consegues ver que o Eu sumiu?
Agora só nos resta viver a explosão

Da alma que não mais aceita tudo,
Pois de nós... Só suicido.
E que se dane a puta... Paixão!


Sono the idle, 01/05/07

terça-feira, 22 de junho de 2010

Vagamundos





Vagamundos

Vago por estar cheio do mundo...
Cansado dessa incessante pulsão
que se consome e não se cria.
Pulsão despudorada,
solta em meio a multidões que exalam solidão.

E por isto caminho vago,
porque cheio do mundo
tenho de mim apenas a falta
e aqui dentro o Vazio
que se esqueceu dos dias, meses, anos,
momentos, passados ou futuros,
e vive minha vida sem exaltações.

Aqui fora me difamam desocupado
por divagar, mastigar palavras,
frases, versos..., desrazão.
Sem ter no peito
a intenção de transformar meu pasmo lago
em um mar de poesias, paixões, canção.

Sou sim um Vagabundo
vago
por estar cheio do mundo

Sono the Idle

sábado, 12 de junho de 2010

Saudades do acaso

Saudades do acaso

Quero seguir fora de caminhos
Quero desvios de personalidade
Quero distâncias relativizadas
Quero realidade, utopia
Quero tristezas e algumas alegrias
Quero o silêncio e a canção
Quero dançar com a ausência
Quero o pudor, o desejo
Quer o beijo, o suor
Quero Razão para ficar confuso
Quero horas que sejam dias
Quero paixão descontrolada
Quero carnes, quero deidades
Quero ninguém e outros personagens
Quero o meio cheio e o meio vazio
Quero mais, mais e sempre mais

E para além de tudo isso,
Além até de tudo o que tenho ou já vim a ter,
Quero a ti,
Pois só (...)
Não sei voar.


Sono the Idle

P.s.: Essa poesia já não me pertence.

Bem vindos


Escrevo aqui porque os pensamentos que não consigo transplantar para a realidade afogam meu espírito. Aceitar a verdade de que não há o outro capaz de alcançar a privacidade de meus estados mentais é cruel e necessário. Não podemos imprimir no outro a obrigação de satisfazer vontades não expressas, de interpretar conteúdos e não expressões, de entender como se gradam e estruturam os sentimentos alheios...
Escrevo aqui porque no cessar da atividade motora e despropositada transborda o pensar e toda sua carga de inquietações e juízos... Falarei de poesia, política, sentimentos, dia-a-dia, nascer do sol, suicídio e outras coisitas mais.
Espero que gostem.

Sono The Idle