segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A falar da missão




Sei que sou por demais racional e emocional, ao ponto de confundir onde inicia minha emotividade e onde termina a racionalidade. Não consigo separar um do outro, me construo como um em ambos.

Isso me complica, não consigo desvendar onde meu caminho pela liberdade rasga linhas que ligam sentimentos e as conclusões lógicas a que acabo chegando somente fazem sentido a um número ínfimo de pessoas.
Firo e vou continuar ferindo diversas pessoas que amo até entrar em harmonia comigo mesmo, essa natureza de tormenta é foda...

Ainda não consegui encontrar o caminho ou ainda não percebi que estou nele...Me afeiçou-o da perseguição pela profundidade e fico encantado, quase hipnotizado, pelas alegrias banais e supérfulas, seria isso dualidade ou complementação?

Dissolver não é simplificar.

Sei que não sou mais sábio que qualquer outra pessoa e odeio esse Ego que me venda.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Voltando um pouco para andar mais.




Pelo que não fomos

Não se tratam dos sorrisos desinibidos
ou dos olhares envergonhados;
Não falo do tocar tímido e escondido
ou da vontade nutrida em cárcere;
E muito menos da explosão
que nascia no fim do esperar.

Escrevo aqui pelo que não fomos
e nem poderíamos ter sido.
Escrevo aqui porque não posso
guardar em mim o que é seu...

E por isso te entrego
toda a poesia, o clamor e a canção
deste pobre, tolo e sôfrego órgão
que sinto como meu coração.


Sono the Idle, abril de 2010.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Estou precisando exercitar o ócio...

Ando ficando cansando de viver intensamente, de hostilizar meu corpo para que não fraqueje ante o desejo de fazer tudo quanto posso. Talvez em meu íntimo tenha um enorme medo da morte.
Sei que cada dia me perco mais em minhas vivências sem nem mesmo compreender-las e isso causa rachaduras a barragem.

Preciso abrir mais minhas comportas e receber mais de eu mesmo, para que o mundo não afogue tudo que sou.

Preciso exercitar o ócio.


Idle.