quarta-feira, 12 de março de 2014

E quando eu giro o mundo o mundo me gira.




Psicodalia


Pesado, frenético: intenso.
A engolir horas
Trespassar corpos
Desrespeitar leis de espaço e tempo
Consumir excentricidades e lugares-comuns;
Ser,
Independente de sentido.

Epiléptico, paralisado: pulsante.
Invadindo moléculas
Excitando elétrons
Desconstruindo ismos e urbanidades
Renegando valores e a própria realidade;
Criando seres
Para além de humanos.

Curvilíneo, ziguezagueado: reto.
Caminho Uno e espaçado,
Que te move sem te retirar do lugar
Repleto em fadas, vazio de gravidade
Gerador de encontros, desencontros e novos reencontros;
Atraindo e repelindo,
Força que excede sentidos.

Singular, diversificado: multidimensional.
Um evento, um ocaso, uma singularidade
Acidente entre o pseudo-toque e a pós-vibrante corda
− Pseudo porque energia não é matéria
− Pós porque é antes que exista toque
Amplificado, inconseqüentemente amplificado.
Transmutando transformações
Transmudando transfigurações
Transando dialéticas e paradigmas.

Panacéia
...

Ritmo.



Sono the Idle, 12/03/2014.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Por longo período ausente, porém eternamente pulsante.



Me desculpem pelo atraso.


Peregrino das estrelas



Destoante;
Liberto das vicissitudes do dia-a-dia,
Livre de saberes rotineiros;
Andarilho
Eu sou

Desencontrado;
Preso ao estranhamento,
Detido por falta/excesso de simplicidade;
Pária
Eu sou

Despertencente;
A este
Ou outro mundo;
Solto em um espaço de dimensões infinitas,
Sem barreiras,
Sem destinos,
Sem razão,
Ou desrazão;

Sou,
E não sei:
Se verdadeiro
Ou completamente perdido.


Sono the Idle, 23/01/2014

sábado, 22 de setembro de 2012

"A vida é muito curta para nos preocuparmos com ela."


Convenções sociais


Não é como a dor,
Que gruda à pele,
Entranha-se aos ossos
E pesa... Em cada sentir.

Que obriga o momento
A pensar e,
Recorrente,
Nos acompanha em cada agir ou, principalmente, omitir.

Um erro reconhecido e sempre repetido.
É muito mais uma explosão
Que existência continua,
Energia que não se para
Pulsão que não se guarda.
Essa é a alegria que nasce em mim,
Que transborda
E muitas vezes se esvae...

Que segue criança,
Num sorriso bobo
Ou gesto desconexo,
Abrindo trilhas sem restrições.
Pois onde há restringir,
Não há amar.

Sono the Idle, 22/09/2012.

sábado, 7 de julho de 2012

A ti Amor




A ti Amor

Tenho em mim a vontade
De algo que sequer sei falar.
Um grito,
Um gemido,
Uma disparidade,
Um soluçar que guardo
Onde ainda não sei procurar.

Já te conheci com saudade,
Sem nem ter do que recordar;
Mas não me importa (...),
Fossem influências de vidas passadas
Ou o querer que já vem das entranhas,
Foi por ti
Que sempre quis respirar.

De tudo que vivi e sempre perdi;
Guardei em cada sentir uma lágrima
E a vontade,
Vontade de eternamente chorar;

Seja feliz Amor.

Sono the Idle, julho de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

Sombras que nos lembram o porquê de ainda sermos humanos.





Sombras que nos lembram o porquê de ainda sermos humanos.


Foi quando vi.
Lembrei-me do Pink Floyd e o Dark Side of The Moon, álbum que retrata os males da sociedade; males de um ser humano que, falho, cede ao medo e distancia-se cada vez mais de si e do Uno...
Lembrei-me de alguém divagando “a luz cria sombras” e então compreendi.
Não se trata de um alento ante a escuridão inexpugnável que nos sufoca, mas antes de uma mensagem, uma lembrança do que verdadeiramente somos.
A luz não cria sombras, ela as mostra.
Esclarece-nos que o que se vê como escuridão é apenas nossa fraqueza.
Fraqueza que alimenta a ilusão e nos faz pensar viver em um mundo perdido, repleto de indivíduos abomináveis, sem salvação.
Só que... É como eu disse, não passa de fraqueza e ilusão.
Ao menor sinal de luz não se vê mais escuridão, porque em verdade ela não existe, somos seres de luz, filhos da luz, só precisamos aceitar isso.
E aprender com as sombras que nos mostram o quão falhos ainda somos, quanta energia perdemos em nossa existência terrena e quanto nos falta para alcançar o Divino.
Sombras que nos lembram o porquê de ainda sermos humanos.
Caminhar sempre, sem cessar, essa é a sina dos que buscam a iluminação.
Que buscam voltar ao seu estado natural de luz.
E é justamente isso, o reconhecer da existência de tal estado natural, que dá as forças necessárias para empreender tão árdua e penosa empreitada.
A imagem acima me trouxe significância à noite que havia passado e finalmente entendi o presente que a Avó Lua nos deixou.
Uma pena que mesmo ela vindo visitar, alguns netos ainda se achassem muito ocupados para conversar e prestar atenção aos ensinos...

Sono the Idle, 15/05/2012



P.s.: Foi o que pude escrever até agora.
P.s.1: Foto feita no dia 05/05/2012, dia em que a lua esteve mais próximo da terra.
P.s.2: Obrigado Fábio e Isabela pela imagem!
P.s.3: Obrigado Murilo, seu comentário foi essencial para o surgir da Inspiração.