
Raio de Luar
Poderia ser algo maravilhoso
Todas essas incongruências da vida
Não fosse tão solitariamente triste
Sentar-se à encruzilhada dos caminhos infinitos
E nem saber quem ser Exú
É um “quê” mais de pavoroso
Que permeia toda experimentação
As vezes erro o caminho
Que me levaria ao que quero
As vezes acerto o caminho
E me levo para algo que não devo
No mais ando em círculos
Cultivo em mim
O livre sofrer dos andarilhos
Sou formado primeiramente por falhas
Carnes, ossos, sangues, ilusão
Só depois percebo
O quanto nos pesa, nos atrasa, nos afasta...
Este irrefreável pensar
Quem sabe um dia não serei
Um garoto à sarjeta
Sorrindo chuvas e transatlânticos de papel
Sentimento e só
Sem espinhos ou casca grossa
A viver cada uma de nossas noites
Como uma flor de Mandacaru.
Sono the Idle, 16/02/2012
P.s.:Desculpem tanto tempo sem postar, estava meio afastado de mim.